sexta-feira, 9 de março de 2012

Coluna da BÉ

Testes intermédios
… Estes tão nossos amigos que aparecem no meio do ano, com o “sagrado objectivo” de nos ajudar a preparar para os exames e que, de forma alguma, pretendem “stressar-nos” ainda mais. Sim, porque entre os testes de cada disciplina, os portefólios, os trabalhos individuais e os de grupo, nada melhor que um testezinho intermédio para aliviar a pressão.
De qualquer forma, não devemos esquecer que o nosso desempenho é sempre tido em conta pelos professores e, por isso, fica bem demonstrar nem que seja o mínimo de estudo possível. Embora a matéria dos testes intermédios englobe a dos anos letivos anteriores, não podemos aproveitar-nos desse facto para nos desculparmos e não estudar, porque depois há sempre aquele contra-argumento que diz “para os exames também vem matéria dos outros anos ”; de igual modo, também não podemos usar o facto de não sabermos ao certo o que é que “calha” porque, mais uma vez, “para os exames também ninguém sabe o que “calha” ao certo, é necessário saber um pouco de tudo”.
Sejamos sinceros: quem não gosta daquele nervoso miudinho que ataca mesmo na hora H, que são aqueles cinco minutinhos antes do toque de entrada? Melhor que esta sensação, só mesmo aquela que temos quando não estudámos nadinha e nos sai aquela maravilhosa pergunta sobre aquele fantástico tema do qual podemos jurar nunca ter ouvido falar; ou será que era disto que a “stora” estava a falar quando eu estava a rabiscar o caderno e a mandar aquele SMS mesmo, mesmo, mesmo importante? Não, não pode ser. Eu estava concentradíssima nessa aula. Lembro-me perfeitamente de que as minhas colegas do lado estavam a falar sobre aquele filme que passou no fim-de-semana anterior e as minhas colegas da mesa de trás estavam a combinar onde iam almoçar. Não perdi nem pitada do que se estava a falar na aula.
Voltando à questão, os testes intermédios são “elementos de avaliação como qualquer outro teste ou atividade em situação de aula”, ou seja, são mais uma oportunidade de subir as notas (ou baixá-las, no caso dos bons alunos que se dedicam à procura do conhecimento e da sabedoria via TV ou FB, depois da hora do recolher – são deveras aplicados na sua pesquisa, há que entender). Embora seja necessário perder algumas horas com o estudo para a consolidação dos conceitos aprendidos – nem sempre apreendidos pela mente – é preciso ter em conta que uma boa noite de sono na véspera também ajuda. Sigamos o seguinte raciocínio: se estou com sono, o mais provável é ler as perguntas vezes sem conta e elas continuarem a não fazer sentido nenhum, porque o meu cérebro está cansado de mais; por outro lado, se tiver dormido o suficiente, de manhã vou estar mais desperta e vou conseguir perceber, pelo menos, a construção frásica das perguntas.
E além do mais, quem não gosta de dormir? Para além de ser uma necessidade do corpo (e, por vezes, da alma), é também algo que se deve fazer por gosto. A hora da sesta devia estar integrada no meu horário…
 Por falar em coisas de que se gosta, todos gostamos de uma boa nota, não? A verdade é que, ainda que os professores não compreendam, nós somos gente muito ocupada e nem sempre o tempo estica o suficiente para podermos estudar. É por isso que recorremos ao copianço. As cábulas, ao contrário do que muita gente possa pensar, não são usadas para nos facilitar a vida; muito pelo contrário: não imaginam como é difícil ler as letras pequenininhas ou encontrar o papelinho certo no meio daquela pressão toda que é ter o professor vigilante mesmo em cima de nós. Claro que há sempre aqueles que têm os auxiliares de memória em formato SMS (rascunho), o que torna tudo mais perigoso; como se não bastasse correr o risco de ficar com a prova anulada, o nosso telemóvel habilita-se a ganhar uma viagem até à direção. Arriscamos tudo por uma boa nota e ninguém nos dá crédito por isso!
Estão sempre a dizer-nos para não escolher o caminho mais fácil, mas depois querem que estudemos em vez de complicar tudo e fazer papelinhos ou escrever nos braços!
            Venha de lá o primeiro capaz de entender estes conselhos…





3 comentários:

  1. Olá
    Boa iniciativa esta de criar uma coluna onde possamos ler e exprimir ideias...
    Gostave de saber se podemos sugerir temas e se pode ser discutido todo o tipo de assunto. Parabéns BÉ.

    Lea

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  2. Querida Lea,

    Antes de mais, obrigada pelo incentivo.
    Podes sugerir todos os temas que quiseres e, à partida todos, esses temas podem ser discutidos. Claro que temos de ter em atenção o facto de ser uma coluna para a comunidade escolar, o que faz com que seja necessário um cuidado extremo relativamente à informação que é passada. Dentro dos limites do "aceitável" qualquer tema é bem vindo.
    Beijnhos,

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  3. "Coluna da BÉ" está de parabéns. A participação de alunos à vida da comunidade escolar é sempre de louvar e estimular. A biblioteca Escolar (BE) apadrinha esta coluna e incentiva os alunos a darem o seu contributo à BÉ.

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