quinta-feira, 22 de março de 2012

Coluna da BÉ

Ganha dinheiro com o Facebook


O importante hoje em dia é ter amigos… e, quando digo amigos, não falo daqueles que estão ao meu lado quando sofro, daqueles que secam as minhas lágrimas quando choro, daqueles que se riem das minhas piadas… sem piada nenhuma; falo daqueles amigos que comentam cada uma das minhas publicações, fazem um like nas minhas fotos por mais mal arranjada que esteja… “poucos mas bons”, geralmente é isto que os infelizes que têm menos de uma centena de amigos no Facebook (fb) dizem, mas todos sabemos que na verdade não é bem a qualidade que importa; o que importa é a quantidade (LOL).
Se a crise ataca todos os setores, por que é que não haveria de atacar o das amizades? O fb é o modo mais económico de ter amigos porque, ao contrário da socialização real, não temos de gastar dinheiro em shampoo, sabão, pasta de dentes, pente, roupas, desodorizante, etc, porque, tecnicamente, ninguém vai saber a que é que cheiramos, que aparência temos. Isto é que são verdadeiras amizades: pessoas que não nos vêem, que não estão connosco, que fazem like nas coisas novas que postamos, pessoas que não se interessam pelo lado de fora, pelo superficialismo, mas sim pela profundidade das respostas à questão que o fb nos coloca tão atenciosamente: ”Em que estás a pensar?”.
No entanto, acho um pouco suspeito que toda a gente esteja constantemente a pensar em temáticas tão intensas como as citações de frases feitas que se encontram nas páginas que aparecem depois de digitarmos o seguinte “frases filosóficas”, “frases bonitas”, “frases profundas” (entre outras). Será que é dessas páginas que os meus amigos tiram os seus “pensamentos”? Não. Eles não seriam capazes. Eles são todos super-originais. O facto de, por vezes, encontrar o mesmo pensamento em dez murais diferentes, no mesmo dia, é pura coincidência. São apenas pessoas diferentes que pensam o mesmo, no mesmo dia.
Voltemos, então, ao título do texto desta semana “Ganha dinheiro no facebook”. Isto acaba por ser um pouco publicidade enganosa, dado que só abri a coluna com esta expressão para chamar a atenção dos caros leitores. Peço desculpa e, para compensar, aqui fica uma ideia incrivelmente doida e descabida que admito ser quase inaceitável:
Que tal, nestas férias da Páscoa, nos encontrarmos com amigos que já tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente e passar tempo com eles no cinema, no café ou até mesmo na rua e dar-lhes uns fortes empurrões ou até umas caneladas que nos relembrem de que amigos são seres humanos reais e não personagens de uma vida social virtual?
Por muito insana que pareça a ideia peço que lhe dediquem pelo menos um minuto de reflexão.
Até abril!!!!!



segunda-feira, 19 de março de 2012

A propósito de estrelas

"A propósito de estrelas" é o poema de Adília Lopes que vai ser lido nas turmas na semana da leitura.

Cinema

Integrada na Semana da Leitura, a Biblioteca apresenta no auditório da escola o filme "Erin Brockovic". A sinopse do filme pode ser vista aqui.

Faça lá um poema

O Plano Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém promoveram esta iniciativa. A Biblioteca da ESEN incentivou os alunos à participação e estes aderiram com a sua sensibilidade poética. O regulamento impunha a seleção de dois poemas, um do 3º ciclo e 1 do secundário. Após deliberação, o júri selecionou os poemas que aqui deixamos. Parabéns a todos os participantes. Para a Dalila e Fernando Tavares a BE espera mais e mais poemas.

Convite Semana da Leitura

sexta-feira, 16 de março de 2012

Coluna da BÉ

Caros Colegas


Venho por este meio informar que, depois de tirar algumas folhas de papel higiénico para limpar o “dito cujo”, o resto do rolo continua utilizável, portanto, não há necessidade de vossas excelências se tentarem livrar de um rolo de papel higiénico inteirinho cada vez que forem à casa de banho.
Claro que este conselho é para ser tido em conta em qualquer casa de banho, até porque as retaliações do mau uso do papel higiénico já se fizeram sentir: notem que, devido ao vosso comportamento (completamente desinformado), o papel foi removido do vosso alcance – se precisarem, por favor, dirijam-se à funcionária mais próxima ou tragam de casa.
Ainda por cima, há funcionárias que só dão uma folhita: uma pessoa que não queira só fazer pipi até se sente envergonhada de pedir mais um bocadito de papel para limpar o tutu. Digam lá se isto não é de indignar uma pessoa?
Há, também, aquela situação em que uma pessoa está mesmo “à rasquinha” e chega à casa de banho e depara-se com o seguinte: as portas estão todas trancadas sem ninguém lá dentro. Vá lá, ao menos alguns alunos estão aplicados no seu futuro e andam já a treinar passos de magia ou então aspiram ser assaltantes profissionais de cofres de alta segurança e começaram a treinar nas portas das cabines das casas de banho - para estes infelizes, deixo aqui um abre olhos: se a ideia é arrombar cofres seria melhor treinarem a vossa capacidade de abrir portas e não de as trancar… mas isto é só uma ideia.
Acredito que depois desta informação todos faremos um esforço para utilizar corretamente o rolinho.
Por falar em portas e em pessoas que gostam de fechar portas, das duas três: ou a escola está cheia de analfabetos ou de pessoas que sofrem da famosíssima doença “cegueira seletiva”. Que outra razão explicaria o facto de ninguém se dar ao trabalho de ler o pedido afixado na porta da Biblioteca Escolar que diz o seguinte: “Mantenha a porta fechada, por favor”? Má educação? Não me parece. Os alunos não são mal-educados, são só um bocadinho brutos. A senhora da biblioteca é que não está habituada a gente com tais qualidades. Pronto. Que havemos nós de fazer? Os professores que levam as suas turmas para as aulas na biblioteca têm alguma culpa do feitio dos meninos? Que se pode esperar que os docentes façam? Que se imponham? Que eduquem? Que os chamem à atenção? Não pode ser, os senhores professores não são pais dos meninos, ensinar boas maneiras não faz parte das funções dos docentes. Quer dizer, qualquer dia queres ver que os professores também vão começar a mandar os meninos para rua por lhes faltarem ao respeito? Era o que mais faltava. O professor não tem nada que explicar ao menino que há um modo civilizado de falar com os outros seres humanos.
Não se sintam ofendidos por parecer que vos trato como se fossem crianças selvagens e ignorantes; acontece que “paga o justo pelo pecador” e a falta de civismo tem de ser denunciada e penalizada.
Meditemos sobre o seguinte: nós, os adolescentes de hoje, somos os adultos de amanhã, somos os futuros governantes deste país. Como é que o país poderá cair em boas mãos e evoluir, quando os seus futuros dirigentes, que estão numa escola secundária, enfiam rolos de papel higiénico inteiros pela sanita abaixo, por brincadeira? Como é que pessoas que perdem o seu tempo a trancar as portas da casa de banho podem ser políticos competentes ou adultos decentes no futuro? E como é que nós, no fundo ainda miúdos, podemos crescer e aprender alguma coisa quando nos é apresentado um mundo onde a má educação não é corrigida nem penalizada, num mundo onde professores dizem “habitue-se”, “não posso fazer nada”, etc.?
A incompetência dos adultos do futuro nasce agora por falta de penalização dos comportamentos que têm agora e muitas vezes do apoio que estupidamente têm por parte de quem os devia chamar à razão. Mas cada um sabe de si e Deus sabe de todos.
Bem, parece-me que acabamos de descobrir como é que os nossos políticos ocupavam os seus tempos livres na escola e a atitude que os adultos da altura tomavam perante isso.
Fica o mote lançado para a reflexão de cada um.


                                                                                                                       


P.S.: Parece-me, deveras, um futuro muito promissor…

Semana da Leitura 2012

A ESEN realiza a sua semana da leitura de 19 a 23 março. As várias atividades podem ser consultadas no programa.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Coluna da BÉ

Testes intermédios
… Estes tão nossos amigos que aparecem no meio do ano, com o “sagrado objectivo” de nos ajudar a preparar para os exames e que, de forma alguma, pretendem “stressar-nos” ainda mais. Sim, porque entre os testes de cada disciplina, os portefólios, os trabalhos individuais e os de grupo, nada melhor que um testezinho intermédio para aliviar a pressão.
De qualquer forma, não devemos esquecer que o nosso desempenho é sempre tido em conta pelos professores e, por isso, fica bem demonstrar nem que seja o mínimo de estudo possível. Embora a matéria dos testes intermédios englobe a dos anos letivos anteriores, não podemos aproveitar-nos desse facto para nos desculparmos e não estudar, porque depois há sempre aquele contra-argumento que diz “para os exames também vem matéria dos outros anos ”; de igual modo, também não podemos usar o facto de não sabermos ao certo o que é que “calha” porque, mais uma vez, “para os exames também ninguém sabe o que “calha” ao certo, é necessário saber um pouco de tudo”.
Sejamos sinceros: quem não gosta daquele nervoso miudinho que ataca mesmo na hora H, que são aqueles cinco minutinhos antes do toque de entrada? Melhor que esta sensação, só mesmo aquela que temos quando não estudámos nadinha e nos sai aquela maravilhosa pergunta sobre aquele fantástico tema do qual podemos jurar nunca ter ouvido falar; ou será que era disto que a “stora” estava a falar quando eu estava a rabiscar o caderno e a mandar aquele SMS mesmo, mesmo, mesmo importante? Não, não pode ser. Eu estava concentradíssima nessa aula. Lembro-me perfeitamente de que as minhas colegas do lado estavam a falar sobre aquele filme que passou no fim-de-semana anterior e as minhas colegas da mesa de trás estavam a combinar onde iam almoçar. Não perdi nem pitada do que se estava a falar na aula.
Voltando à questão, os testes intermédios são “elementos de avaliação como qualquer outro teste ou atividade em situação de aula”, ou seja, são mais uma oportunidade de subir as notas (ou baixá-las, no caso dos bons alunos que se dedicam à procura do conhecimento e da sabedoria via TV ou FB, depois da hora do recolher – são deveras aplicados na sua pesquisa, há que entender). Embora seja necessário perder algumas horas com o estudo para a consolidação dos conceitos aprendidos – nem sempre apreendidos pela mente – é preciso ter em conta que uma boa noite de sono na véspera também ajuda. Sigamos o seguinte raciocínio: se estou com sono, o mais provável é ler as perguntas vezes sem conta e elas continuarem a não fazer sentido nenhum, porque o meu cérebro está cansado de mais; por outro lado, se tiver dormido o suficiente, de manhã vou estar mais desperta e vou conseguir perceber, pelo menos, a construção frásica das perguntas.
E além do mais, quem não gosta de dormir? Para além de ser uma necessidade do corpo (e, por vezes, da alma), é também algo que se deve fazer por gosto. A hora da sesta devia estar integrada no meu horário…
 Por falar em coisas de que se gosta, todos gostamos de uma boa nota, não? A verdade é que, ainda que os professores não compreendam, nós somos gente muito ocupada e nem sempre o tempo estica o suficiente para podermos estudar. É por isso que recorremos ao copianço. As cábulas, ao contrário do que muita gente possa pensar, não são usadas para nos facilitar a vida; muito pelo contrário: não imaginam como é difícil ler as letras pequenininhas ou encontrar o papelinho certo no meio daquela pressão toda que é ter o professor vigilante mesmo em cima de nós. Claro que há sempre aqueles que têm os auxiliares de memória em formato SMS (rascunho), o que torna tudo mais perigoso; como se não bastasse correr o risco de ficar com a prova anulada, o nosso telemóvel habilita-se a ganhar uma viagem até à direção. Arriscamos tudo por uma boa nota e ninguém nos dá crédito por isso!
Estão sempre a dizer-nos para não escolher o caminho mais fácil, mas depois querem que estudemos em vez de complicar tudo e fazer papelinhos ou escrever nos braços!
            Venha de lá o primeiro capaz de entender estes conselhos…